Insight tarologico para a conjuntura astrológica actual - 21 de Abril
Este Rei pertence ao naipe de espadas que representa o Ar e marca o aspecto mental nas dinâmicas da nossa vida. Do ponto de vista Terapeutico ressalta o intelecto e a extrema exaltação da mente, lembra-nós que quando estamos desconectamos das emoções fica facilitada a perda de contacto com a realidade a reações libertadoras mas numa vertente mais explosiva causando danos colaterais. Sugere também a esperada libertação de uma situação que nos sufoca há já algum tempo.
No seis de espadas vemos um barqueiro a transportar uma mulher e uma criança. Combalidas e fustigadas pelo frio abandonam as águas turbulentas e se erguerem o olhar para o horizonte vão perceber que começam a entrar em águas calmas, que o pior já passou e o destino está à vista. Está carta sugere-me um período de transição, uma transformação necessária, o princípio de um fim que independentemente da dor que nos possa causar faz parte do nosso percurso porque nos tira de águas turbulentas e nos leva a um lugar que é melhor para nós, agora. Mas deixa nas entrelinhas uma mensagem importante: nós entrámos no barco mas é o barqueiro que o conduz. E talvez este barqueiro seja a vida e o que ela nos traz. Talvez seja uma altura em que temos de aceitar que não controlamos tudo, que não podemos intelectualizar e compreender tudo e talvez seja altura de virar as costas a uma atitude de cavaleiro de espadas e assumir outra que nos traga mais paz e felicidade…
Porque um olhar atento ao conjunto das cartas mostra-nos precisamente isso. Um barco a dar as costas ao Rei de Espadas e a partir na direcção da imperatriz.
Este arcano maior, o único - nesta tiragem, representado pelo número III assume a expressão da conclusão da manifestação e da totalidade. O número 3 carregado de misticismo e espiritualidade. Representa um casamento mas também a força agregadora entre o passado, o presente e o futuro. Esta carta representa a mãe e o sentimento. A conexão com os nossos sentimentos que quando bem processados nos fazem respeitar as nossas necessidades em equilíbrio com o bem-estar dos demais. A imperatriz é a personificação da matriarca respeitada pela sua sensibilidade e boa gestão. Aquela que não precisa de se impor porque todos reconhecem o seu poder e valor. Algures dentro de cada um de nós há um lugar assim. Onde encontramos uma sabedoria serena, conselhos assertivos que nos levam para um caminho de paz e harmonia, connosco e com os outros.
O desafio desta temporada é precisamente esse. Libertarmos-nos do Rei de Espadas que existe dentro de nós e deixar que o nosso lado de imperatriz se manifeste. Aprendermos a ouvir as nossas necessidades e emoções e a manifesta-las e pô-las em prática com uma eficiência branda que harmoniza tudo o que está à nossa volta e incentiva as forças da vida a entregarem a cada um aquilo que nos pertence.
No topo de tudo isto, o Valete de espadas ou princesa de espadas como lhe prefiro chamar traz um alerta importante. Todos, sem excepção, estamos a passar por esta dualidade entre a mentalização dura e explosiva e a sentimentalização branda e harmoniosa. Importa compreender que nem todos vamos conseguir apanhar o barco até à margem onde devíamos chegar. E que por isso é provável que cheguem desafios vindos do exterior. Que haja um ambiente mais negativo, que possamos ouvir palavras mais duras e aguçadas. Nessa altura há que ter empatia e perceber que provavelmente isso reflete uma luta interior que nada tem que ver connosco.
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